Ele também quer o vazio.
E o pinta com cores melhores que eu:
Cáqui, ocre, musgo.
Ele está sempre ao meu lado,
- punhal afilado na cintura –
repetindo:
- Venha ver verdes vales, vulgaridades
velhas, velhos valores.
Ele detém a poesia nas mãos:
Estrofes com versos alexandrinos,
Títulos macabros,
Assonâncias intermináveis.
Ele decidiu escrever.
- e obteve êxito –
Eu decidi viver
- e não o obtive –
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