terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ah! Como sonhar com recomeço é bom, Tem cheiro de éter e de asfalto molhado, que penetra em minhas narinas fluentemente. Ano novo Ano novo. Apaga as desgraças do ano que passou e renova minhas promessas pro novo ano que chega! Traz as lembranças dos velhos amigos e promete a minha criança interna novos amigos, novos projetos! Teatro, teatro teatro: mesmo que seja em carroças como na idade média, mas teatro, doses cavalares de teatro é o que peço. Não amor, já esperdiçei aos tubos os amores e seria ingratidão e egoísmo teu te pedir mais, afinal, único amor me basta e esse não me serve, foi feito com a gola mais apertada e não consigo por minha cabeça! Quero voltar a voltar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

è só vontade de escrever sobre este ano torto e azedo que se apresentou egocêntrico, cinza e arrependimento(s). Se pudesse apagar alguns momentos e permanecer sucumbindo a tantos outros. Ano de perdas inestimáveis - não mortes, mas amores, amizades. - Ano sem fé, pois não ter fé é estar sozinho e estive só, ou ao menos, ao lado de companhias não tão agradavéis. Não tão felizes. Ano seco, escasso, apesar de produtivo artistíco e financeiramente. Mas infrutífero humanamente. Não vejo mais as necessidades politicas-infantis pesarem em minha mente, não existe mais os sonhos e os projetos a serem traçados. Não existem amores nem amoras apodrecidas, nem redações de fim de ano, nem vontade de escrever. Apenas ar, nessa redoma de vidro!

domingo, 28 de dezembro de 2008


Diga Sim Para Mim
Isabella Taviani
Composição: Isabella Taviani
Eu pensei em comprar algumas flores

Só pra chamar mais atenção

Eu sei, já não há mais razão pra solidão

Meu bem, eu tô pedindo a sua mão

Então case-se comigo numa noite de luar

Ou na manhã de um domingo a beira mar

Diga sim pra mim

Case-se comigo na igreja e no papel

Vestido branco com bouquet e lua de mel

Diga sim pra mim

Ahhh , Sim pra mim

Eu pensei em escrever alguns poemas

Só pra tocar seu coração

Eu sei, uma pitada de romance é bom

Meu bem, eu tô pedindo a sua mão

Então case-se comigo numa noite de luar

Ou na manhã de um domingo a beira mar

Diga sim pra mim

Case-se comigo na igreja e no papel

Vestido branco com bouquet e lua de mel

Diga sim pra mim

ahh Sim pra mim

Prometo sempre ser o seu abrigo

Na dor, o sofrimento é dividido

Lhe juro ser fiel ao nosso encontro

Na alegria,a felicidade vem em dobro

Eu comprei uma casinha tão modesta

Eu sei, você não liga pra essas coisas

Te darei toda a riqueza de uma vida

O meu amor

Então case-se comigo numa noite de luar

Ou na manhã de um domingo a beira mar

Diga sim pra mim

Case-se comigo na igreja e no papel

Vestido branco com bouquet e lua de mel

Diga sim pra mimSim pra mim

Case-se comigo

Case-se comigo

Case comigo meu amor

Case-se comigo

Case-se comigo

Case comigo meu amor

sábado, 27 de dezembro de 2008


Só eu sei teu nome mais secreto
Só eu penetro em tua noite escura
Cavo e extraio estrelas nuas
De tuas constelações cruas

Abre–te Sésamo! – brado ladrão de Bagdá

Só meu sangue sabe tua seiva e senha
E irriga as margens cegas
De tuas elétricas ribeiras,
Sendas de tuas grutas ignotas

Não sei, não sei mais nada.
Só sei que canto de sede dos teus lábios
Não sei, não sei mais nada.



(adriana Calcanhoto)

Surpresa boa! Orkut bom! Tanta coisa pra dizer, e pouca concatenação nessa caixa cerebral. Acho que vou dizer tudo meio assim mesmo, como flechas disparadas contra as nuvens. Ontem deparei-me com o horóscopo, que dizia assim: "Tiraste a carta do amor: tens sorte nesse quesito, só que terá que optra entre dois amores. Eu não tenho que optar, os amores que devem optar por mim. Andam ocupados com outros amores que não conheço! Meu antigo amor continua cada dia mais admirável, e me sinto um nojo ao me aproximar, transpiras asco, e fico immové, com medo de qualquer outra reação. O novo amor é tão irreal, que se torna mera fantasia minha! Ah morfo amor! Queria apenas falar sobre teatro, commedia dell'arte e carroças!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008


Não sei porque tanta confusão se depois eu nem me reconheço nas entrelinhas, e penso que nada aconteceu, deleto as fotos, as cores, evito os poemas que escrevi aqui no blog e a minha própria cara exposta no espelho. Pra quê recomeçar tudo de novo, se resulta apenas em arrependimento e depressão no final. Amorfo amor! Não mais amoras apodrecidas, agora mofo e só. Os olhos verdes seus, que tanto repugnava pela inconstância, e pela imprecisão: castanho-verde-claro. Agora esbugalha em outros olhos, dos quais não arranca palavras, nem ais. Bocejos apenas! Bocejos que não te bastam, nem param, nem corroem! É apenas silêncio e imaturidade!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Amor, meu grande amor! Não sei se os mosquitos têm me sugado o sangue suficiente, mas o seu texto me dilacera! Não tenho coragem nem de encarar a tua cara e a dele. Afinal construiu minhas esperanças ou devorou-as uma a uma?. A casa está de pé? Todo museu pede visitas! Como eu queria reescrever tudo e te livrar dos fugitivos de Vênus, Marte! Que poder ele exerce? Pra mim parece tão singular e minusculo. Mas de fato o mesmo nome que te persegue, me persegue agora, só que vem com olhos verdes, como os meus que eram tão seus. E se apresenta silenciosamente, com cara de amor impossível, que me fará sofrer deveras. Com um sim, com um não! Mansamente me consome, me faz parar, perder o ar, as estribeiras! Compartilhamos mãos e olhares à sombra de vela preta! E o cheiro do mal - já diria a Savanna - está entranhada na roupa! Na pele, nos pêlos e eu não paro de farejar, me apaixonando cada vez mais, enquanto repito conscientemente: não se apaixone, não se apaixone, não se apaixone. Você me fez feliz!E como! Estou aqui me pertecendo, e esperando o teu cerco afrouxar! Pois te amo! De uma forma ou outra te amo!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Qual chave abre essa porta
que te priva, te aprisona com correntes, feito as minhas
Prisão de tempos!

domingo, 21 de dezembro de 2008


Sinkin' Soon

Norah Jones

Composição: Indisponível

We're an oyster cracker on the stew,
And the honey in the tea,
We're the sugar cubes, one lump or two,
In the black coffee,
The golden crust on an apple pie,
That shines in the sun at noon,
We're a wheel of cheese high in the sky,
But we're gonna be sinkin' soon.

In a boat that's built of sticks and hay,
We drifted from the shore,
With a captain who's too proud to say,
That he dropped the oar,
Now a tiny hole has sprung a leak,
In this cheap pontoon,
Now the hull has started growing weak,
And we're gonna be sinkin' soon.

We're gonna be
Sinkin' soon,
We're gonna be
Sinkin' soon,
Everybody hold your breath 'cause,
We're gonna be sinkin' soon

We're gonna be
Sinkin' soon,
We're gonna be
Sinkin' soon,
Everybody hold your breath 'cause,
Down and down we go.

Like the oyster cracker on the stew,
The honey in the tea
The sugar cubes, one lump or two?
No thank you none for me.
We're the golden crust on an apple pie,
That shines in the sun at noon,
Like the wheel of cheese high in the sky
Well ... we're gonna be sinkin' soon

sábado, 20 de dezembro de 2008

"porque deu saudades"

Sensação estranha percorrendo e revirando as entranhas defloradas pelo ardor de um passado ausente. Eu nem sei a quem procuro nessas teclas, talvez eu devesse procurar a mim mesmo, o popular rídiculo das rodas, o insuficiente. Excluindo-se para sofrer na própria exclusão. Tão incomum. Decifra-te ou será devorado e não haverá sabor em nada disso, nem saber. Você não cansou de tentar ser?

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Tantas coisas nunca serão ditas. Minha mão não tocará mais seu rosto, arranhando a ponta dos meus dedos: você não me pertence mais.Não rasparei as suas digitais deles é a sobra que me resta. È agora do mundo. Dele. Daquele a quem quis pertencer depois de pertencer exclusivamente a mim, numa entrega intensa que me incomodava e me amedrontava. Talvez tenha sido a paixão demais, a sua subserviência, a certeza de uma felicidade não-comum, mas presente, sua-minha-nunca-nossa!
Eu que destruir a casa pré-fabricada que você construía com suas próprias mãos, cimento, ardor, enquanto eu ficava apenas ordenando que rabiscassem as paredes com poemas e sonetos de amor inexistentes. Acabei pintando tudo de preto e cinza e não sobrou nem um muro descascado para contar que ainda te amo, com uma força que brota da admiração, único embasamento consistente para o meu amor doente e manco. Sempre disseste as coisas em tempo certo. E apenas eu era o torto, o que ia na contramão mesmo tendo os mesmos objetivos. Porque eu sou insuficiente para mim mesmo, a tal ponto que não percebi que você me bastava, completava, podava. E desviava as minhas raízes peçonhentas para um terreno mais fértil. Seus poemas brotam sempre do estômago e perfuram esse pobre coração que só erra e se engana. Meus textos agora são apenas depressão e gordura.
E eu não acho aquele texto que te escrevi, ele cessaria essas lágrimas de conformidade que brotam das raízes que não seguiram aquele caminho proposto. Porque eu preciso provar para mim mesmo que eu alimentei – e aqui essa palavra me traz uma significação precisa – durante três semanas . Esse amor que depois pareceu tão seu, resignado.Porque eu, insatisfeito, queria que você lutasse mais por quem não merecia, que berrasse rompendo o tempo imposto. Perdi tempo tentando mostrar seus erros e não procurei os meus, porque sou egoísta, pequeno e orgulhoso. Eu sou mesmo feito de venenos e chagas. Eu sobro nas rodas, e parece que ando fugindo desse corpo arredondado.
Eu queria apenas voltar atrás, apagar tudo com as borrachas pretas que sumiram naquele casarão e que dissesse sim pra mim. Porque meio Medéia , só que indigna de tal termo eu matei nossas filhas não nascidas, e você as enterrou com vinho maravilha e baseados.Eu te maltratei como carrasco e agora me retribui todas as ofensas sutilmente, subliminarmente, tacitamente. Como as ideologias do romance. Você é uma ideologia que eu tive em mãos e sangue, e estraçalhei numa voracidade indigna.
Quando ele me apareceu senti medo daquelas baforadas angelicais e perfeitas, pensei que ele fosse roubar aquela paixão furtiva e inventada por mim com objetivo que não sei. Eu não podia imaginar que era a você que perdia dia após dia.
E algumas coisas me forçavam a humilhação temporária porque ainda respirava todas aquelas fantasias nossas, mas me recompunha com outras preocupações inferiores e não minhas. Você não vem mesmo e eu preciso esquecer toda essa história para progredir, pois não posso mais justificar minhas impossibilidades com paixões malfadadas.
Vou esquecer desconstruindo outra coisa destinada ao fracasso, e na virada, ao som dela eu vou esquecer da coisa mais importante desse ano, talvez a única. Afinal, eu esqueci as coisas importantes dos outros anos.18/12/2008

domingo, 14 de dezembro de 2008

Deixe eu tentar por a casa cerebral em ordem! Houve um surto de linguistica em minha vida, uma overdose de literatura feminina e Alina paim, tomada na veia. Até a fonologia me sacudiu um pouco, ouvi muito e falei pouco, mas mesmo assim me senti um tanto quanto propenso a todas essas questões que me martirizam. Tão burro!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Fantasmas

"- Um passáro precisa de asas, pressão e ângulo que o direcione. Asas você já tem.
- Pressão você me impõe
- Só falta mudar o ângulo de sua vida!"

Os fantasmas voaram soltos e alguns satisfeitos, outros insatisfeitos, ameaçadores, outros ainda frios como não esperava encontrar! Mas todos voaram para bem longe, para não virar poesia em minha prosa decadente.

ba-te-ma-cum-ba-he-he-ba-te-ma-cum-ba-ô-ba

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Que saudade de ser criança levada e traquina depois de debutar na vida.
Que saudade da Aretha me tornando homem
Que saudade da Flávinha gritando.
Que saudade da dos venenos doce da Savanna
Que saudade da Carla completamente! (acompanhada ou solteira)
Que saudade das paredes do Cefet-se antes de pintarem tudo de amarelo
Que saudade da Isabella enquanto ela apenas me dizia "Fala, que eu gosto de te ouvir falando"
Que saudades dos textos repletos de "que" na madrugada adentro
Que saudade dos fracassos do Gia!
Que saudade de quando a Thaísa me tratava feito gente
Que saudade de acordar e ter saudades dos amigos
Que saudade de ter esperança na vida
Que saudade de não chorar facilmente (é preciso ser cômico agora!)

sábado, 6 de dezembro de 2008

sobre teatro e reticências



Aprendi que o olho do palhaço é o nariz. E isso não o torna um farejador. Talvez de risadas, sei lá. Mas ser palhaço nunca foi tão doloroso. Palhaço para mim sempre foi sinônimo de cárcere,aprisionados numa máscara branca que nunca soube o nome e chamava apenas de pó- mesmo associando pó, a poeira, e poeira a marrom -Mas de fato eles nunca me faziam rir, não sei se por causa do meu mau humor latejante, mas sempre foram sinônimos de tristeza infelicidade, e só conseguia digerir palhaços dramáticos. Eis que agora, o comediante me enfrenta autoritário e me provoca "Não és um ator?" Ligeiro me remexo, me demito e me odeio em responder "Não, não o sou. Não vês que todos os personagens que busquei fugiram de mim como notas de dinheiro que não disponho. Mesmo assim abusar, me jogar, me manter palhaço, taludo e ator me fez um bem imenso, e caso seja apenas isso é o bastante para harmonizar minha alma
Os planos teatrais continuam para terminar logo em seguida, mas me fazem bem... Voltarei para contar as novidades...
E te ofereci o assento, sem acentuar nenhum outro olhar destilado nos crredores enfadados. "Chega de dissimular e esconder o que não dá para disfarçar..." è o que cantam aos meus ouvidos, agora, enquanto tento traçar conscientemente o seu rosto britânico
E olho para o dedo do meu pé que entrou em contato com o dedo mínimo do seu, mas foi suficiente para que eu o seusangue circular involuntário no meu sangue. Num liquido meio sumo de manga devorada em interior na companhia dos primos
E o recuar do teu pé levando o dedo mínimo tão nosso, não me furtou a sensação de líquido-vermelho-secreção que até agora gruda no meu andar enquanto espero retorcido que retornes

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Neuras, amores e amoras apodrecida

Parem de me fazer perguntas simples! Não sei respondê-las. Elas me quebram e me retorcem: astigmáticas, corrosivas, insensíveis, incognoscíveis. E a cada vez que elas são espalmadas vorazmente em minha cara, me deparo com um dicionário não de palavras, mas sim de respostas prontas, que não sei manipular. Como um dicionário de latim,enquanto procuro palavras no nominativo da terceira declinação que... Não cessam! Os “que” não cessam, eles permanecem arraigados no grafite e escorrem no papel como secreções viscosas, tor-tu-r-antes .
Não! Esse vazio não é pós-moderno. Pós me lembra a depois e esse vazio é agora! Nesse instante, ao mesmo tempo em que faço promessa de lavar uma louça que não sujei e varrer um chão que não ando.
Eu não lembro de você, porque pedi aos deuses ar para respirar. Mesmo um ar sem cores e sem odor! Mas um arzinho nesta redoma que me separa deste teu mundinho tão –inho.
Mosqueado de interrogativas, permaneço estático e gordo. A acumular obsessões de obesidade que não se esvaem. E permaneces esbelta e(s)carnecendo os jovens gajos que fazem fila à sua frente e te oferecem palavras codificadas que você, tola e incoerente, não apreende.
Apreenda e aprenda a ser fêmea, nunca submissa, mas altiva, meio vagabunda, um tanto metódica e extremamente ardilosa. Não espere essas respostas que não sei formular de antemão.