sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quando você surgiu, perdi a noção de qualquer movimento que me atrevia apresentar. Parei na tua atmosfera. Te quis, como o Rogério quer a Joana. Fiz promessas, mas não me atrevi, por respeito, medo meio profissionalismo. Hoje me dizem que não te tive por ser liberal de mais, por ser firme em minhas decisões: uma fortaleza. Mero engano, sou frágil como uma bolha de sabão, fraco em todas as minhas escolhas. Tenho medo e tremo, me arrependo e existe tanto despreparo em mim. Se aparento algo a mais, uma força maior, é porque não me permito perder mais do que já perdi. Porque já errei muito, e agora é proibido pecar. Sabe? Tenho sonhos, projetos que não posso atraiçoar! Mas sigo vivendo uma vidinha: “um dia de santa, um dia de puta, um dia de Joplin, um dia de Teresa de Calcutá, um dia de merda” Você, infantilmente, me tornaria um homem de verdade. Não sou esse escândalo que a tua discrição me descreve, apenas não me permito amar em silêncio. Mas amo o teu silêncio. Silencie por nós. Mas escorres das minhas mãos incolor e prepotente, como antes. Como quem me traçou uma puta, me beijando num colchão sobre efeito do álcool e beijando em mesma situação, alguém tão trivial. Me rebaixem menos, porque gaivotas trazem me u amor... Gaivotas trazem meu amor.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


Há um nariz de palhaço embaixo da minha cama. Não consigo visualizá-la como máscara, nem disfarce. Representa a minha falta de tato, atuação, pontuação. Vejo no meu quarto o que tento ser e não consigo. A inocência talentosamente exata versus a criatividade tipicamente regional. Numa cama plantas corroídas por metros e metros de eletricidade, do outro lado cordéis pendurados. E minha cama pende, mas não desaba.
Eu já tentei escrever poemas, um livro, mas minha sensibilidade não flui. Já tentei ler Os desvalidos, estudar coisas da faculdade, escrever um artigo... Não dá! Eu não sei me expressar, é isso! Verdadeiramente não sou um personagem, nem tenho o perfil que atrai. Não me pintem uma máscara maior que o meu rosto. Eu não quero que o ócio agrade. Ele não deve jamais agradar. Mas tenho dormido tanto.
A ponta do grafite ameaça cair... Troco três canetas bico fino (como antes me agradavam) em um lápis como apontador. Saudades Flor, você faz falta, prometo aguar tuas plantinhas amanhã.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Você me causa um asco repugnante. O teu jeito de ser familiar, desestruturado! A tua loucura que poucos conhecem. A tua obsessão que não nega. O teu olho que ilude. Eu sei dessa tua máscara! Você ainda pretende fazer uma realmente? Não sei, quem sabe confunda alguém. Escove os dentes ao menos. E lave as mão, porque o cheiro do teu barato cigarro impregnou minha vida e atrapalhou minha melhor peça! Agora brinca de ator com uma pose fascinante. Detesto novos atores fascistas. Destroem uma peça aqui, tentam montar outra ali.Você é assim: Uma pose! Talvez esteja no lugar certo e eu no lugar errado! Te aturar diariamente é um caos que minha mente não projeta mais. Eu não sinto mais medo, só incômodo! Quero te ve fora!

domingo, 25 de janeiro de 2009

POr favor, não me lembre que eu planejei tanto. Que joguei tantos lenços ao vento e tantas palavras no esgoto interior. Esqueçamos, eu te imploro, todas as minhas juras, súplicas e pedidos. Esqueçamos todos juntos, porque eu não quero me rebaixar mais. MInha pele se torna cada dia mais árida pelo contato com o cimento, e eu peno, penso... Muito! Em tudo. A decadência pode vim numa suavidade repugnante, sem nenhum charme e celeuma que hipnotiza os transeuntes. Eu quero apenas passar por aqui, sem exprimir opnião nenhuma. Eu não sei exprimir opnião acreditem. Eu me entalo, engasgo. E imponho cada pré-conceito mesquinho. Eu sou um ser repugnante, não acho outra palavra, e não se trata de nenhuma desventura, aventura, ou atitude, se trata de caraminholas que existem na minha cabeça! Não me dê "importança", eu não a quero. Queria ter mais molho. Para dilatar cada verso que minhas memórias decodificam. Eu não quero ma sentir assim, não quero falar em primeira pessoa... Me falta um jornal, para embasar....
E eu puta que pariu... Não estou nada bem!

Não me pergunte o que falta, sempre falta. Talvez seja o vazio existencial do Dudu e da ISa, talvez seja eu apenas. Mas eu queria correr na frente e não te entregar de bandeja a ninguém. às veze sinto que as pessoas chegam a minha frente sempre, porque eu me recuso a lutar, lutas deixam chagas, e chagas eu não quero mais!

Sentaram-se na escada mínima e serviram-se do corrimão como apoio:
- Não existe mais nada?
(silênncio)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009



O Laços e nós está um ano desativado. Um ano sem Carla, uma ano sem meu grande amor, sem minha vida, sem minha atriz, sem minha melhor amiga. Sem a única pessoa que realmente importava. Carla se cala! Parece estranho que ela mudou tanto e tenha me mudado deveras. Acho que a navalha foi direto na minha carne, esculpido e contornando cada detalhe que me prejudicou nesses trezentos e sessenta e cinco dias. Mudei muito, beijei quem queria, quem não queria, quem não devia. Fui submisso, corrupto, incorreto. Fumei amor, confesso! Todos os cigarros que repudiei na tua boca! E tentei inutilmente conservar alguns resquícios seus, mas acho que nem você os detém de fato!Amor, você faz falta, e nada será como antes, mas te quero de qualquer jeito porque raspas e restos me interessam!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Anônimo

Quem és tu, oculto entre meus post's? Eu te conheço? Mesmo que não te conheça, queria muito te conhecer! Identifique-se por favor. Sou geminiano, curioso dos pés a cabeça. Que bom que gosta dos meus textos, e não do tema, talvez seja porque toda história de amor beira a chatice! Gosta das minhas, e as escrevo aqui! Uso outras temáticas em outros textos, e confesso que não me saio tão bem! Não gosto de falar do que me cansa! me permita ser egoísta aqui, no meu blog

p.s: a frase da clarice me motiva sempre! inclusive faz parte da minha história, das minhas cartas, das minhas melhores amizades! Eu e Savanna escrevíamos um para o outro nos justificando com essa frase. POr isso seja quem você for mexeu muito comigo! Eu estava precisando disso!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Stanislavski ! De novo, sempre, não ao pé da letra e adaptando!

A preparação do ator

“O ator hoje, tem muitas vezes de decidir se prefere ser popular ou ser bom ator” pg 20
-Buscar a verdade, a realidade e o estilo na atuação
“a presença do diretor em todas as representações melhora a disciplina e a fidelidade ao clima original dos ensaios, que, de outro modo, se arrisca a deteriorar-se durante uma longa permanência em cartaz” pg 20
“mas no teatro vivo falta escritores, escritores capazes de trabalhar junto com diretores”
“È difícil despertar a vontade criadora, matá-la é facílimo” pg 29
“Enquanto a atuação ,mecânica utiliza estereótipos elaborados para substituir os sentimentos reais, a sobreatuação, o exagero, pegar as primeiras convenções humanas de ordem geral que aparecem e dela se servem sem sequer defini-las ou prepará-las para o palco. O que se deu com você é compreensível e desculpável num principiante. Mas tenha cuidado no futuro, pois a sobreatuação amadorística se transforma no pior tipo de atuação mecânica. Não repita esse tipo de trabalho sem sentido que nos demonstrou e que acabo de criticar. Terceiro, nunca se permita representar exteriormente e que nem ao menos lhe interessa” pg 57
“O que quer que aconteça no palco deve ser com um propósito determinado” pg 65
“A essência da arte não está nas suas formas exteriores, mas no seu conteúdo espiritual.”
“Em circunstância alguma, qualquer ação cujo objetivo imediato seja o de despertar em sentimento qualquer por ele mesmo” pg 71
“ È isso o que nós fazemos com a obra do dramaturgo. Fazemos viver aquilo que se oculta sob as palavras” pg 82
“A imaginação cria coisas que podem existir ou acontecer, ao passo que a fantasia inventa coisas que não existem, nunca existiram, nem existirão” pg 88
Preciso buscar imagens interiores
“Cada movimento, cada palavra que dizem, é resultado da vida certa das suas imaginações “ pg 103
“O ator deve ter um ponto de atenção e este ponto não pode estar no auditório” pg 110
“ Concentrar-se num foco de luz no meio da escuridão é relativamente fácil” pg 110
“O ator deve escolher o objeto de sua atenção no palco, na peça, no papel, e no cenário” pg 114 (obejto-próximo)
“Em caso de incerteza, decida por si. Pode errar, mas não hesite” pg 115
“Círculo de atenção: conjunto de pontos de atenção” pg 116
Solidão em público: o ator se encerra dentro de um círculo de atenção.
A atenção interior está diluída nos cinco sentidos
“Em cena, em qualquer pose ou posição corpora há três momentos: Primeira: tensão supérflua, que vem, inevitavelmente, a cada pose adotada e com a excitação de executá-la em público. Segunda : o relaxamento automático dessa tensão supérflua, sob ação do controlador. Terceira: a justificação da pose, quando por si mesma ela não convence o ator”
“É isto que devem fazer com os pedacinhos de papel: ensopá-los cada vez mais no molho das circunstâncias dadas: quanto mais seco for o papel, mais molho será necessário.”
“o Objetivo se divide como as unidades, que tem cada objetivo criador como foco”
“O nome certo que cristaliza a essência de uma unidade, descobre o seu objetivo fundamental. O objetivo deve empregar um verbo”
“Substantivo evoca um conceito intelectual de um estado de espirito, uma forma um fenômeno, mas só pode definir o que é apresentado por uma imagem, sem indicar movimento , ação” pg 161
“Cada vez que saía de cena e ia para os bastidores, eu parava de representar. A conseqüência foi que a linha lógica da minha ação física ficava interrompida. Nem em cena nem sequer nos bastidores o ator pode tolerar essas rupturas na continuidade da vida de seu papel. Elas criam lacunas. Estas, por sua vez, deixam-se preencher com pensamentos e sentimentos alheios ao papel” pg 182 (vida de um corpo humano)
Criar a vida física e espiritual do personagem
“Os atores , como os viajantes, acham muitos meios diversos para chegarem ao seu destino: há os que experimentam realmente, fisicamente, seus papeis, os que lhes reproduzem a forma exterior, os que adornam com os truques do ofício e atuam como se representar fosse uma profissão qualquer. Outros transformam o papel numa conferência seca e literária, e há os que se servem dele para se exibir vantajosamente aos seus admiradores” pg 186
“Esse sinaleiro é o seu senso da verdade, que colabora com o seu-senso-de-fé-no-que-está-fazendo, para mantê-lo na trilha certa” pg 186
“Também na vida rela, muitos dos grandes momentos emocionais são assinalados por algum movimento comum, pequeno, natural “ pg 186
Não elogiar o ator, mantê-lo em banho-maria
“Cheguem à parte trágica dôo papel sem estremeções dos nervos, sem sufocações, nem violência, e , sobretudo não o façam de repente” pg 189
“ Quando forem forçados a passar por uma tragédia não pensem de modo algum nas suas emoções: pensem naquilo que devem fazer”
“O que eu procurava em arte é algo natural, algo de organicamente criador, capaz de instalar vida humana em um papel inerte”
“preferem punhado de baixas verdades”
À ficção que nos ergue acima de nós
“O que sobe alto é a imaginação, o sentimento, o pensamento” pg 196
“O inesperado é uma alavanca eficienticssima no trabalho criador” pg 205
Memória emocional: são emoções que você revive ao representar. Memória das sensações: baseada nas experiências e ligada aos cinco sentidos. A vista e o ouvido são os mais sensíveis. Apenas os detalhes impressionantes ficam
“O tempo é um esplêndido filtro para os nossos sentimentos evocados. Além disto, é um grande artista. Ele não só purifica, mas também transmuta em poesia até mesmo as lembranças dolorosamente realistas” pg 212
Lembranças em movimento intenso
Não perder tempo com lembranças e inspirações que vieram uma vez e não vÊm mais, deixem que venham e vá embora.
“Nunca se perca no palco. Atue sempre em sua própria pessoa, como artista. Nunca se pode fugir de si mesmo. O instante em que você s e perde no palco marca o ponto em que deixa de verdadeiramente viver seu papel e o inicio de uma atuação exagerada e falsa” pg 216
“Nunca comece pelos resultados. Eles aparecerão com o tempo, como conseqüência lógica do que se passou antes” pg 225
“ Em caso de uma mem´ria de emoções muito fraca, o trabalho psicotécnico é ao mesmo tempo, amplo e complicado” pg 226
“Memória da emoção: presente principalmente na comunicação com outros seres humanos” pg 230
“Dar ou receber alguma coisa de um objeto , mesmo fugazmente, é um momento de intercâmbio espiritual” pg 237
Plexo solar?
“ O centro cerebral parecia ser sede da consciência, ao passo que o centro nervoso do plexo solar seria sede da emoção” pg 240
“Que tortura contracenar com um ator que olha para nós e vê outra pessoa, que fica o tempo todo a ajustar-se não a nós, mas a essa outra pessoa” pg 244
“”A platéia é para nós a acústica espiritual” pg 245
Stanislavski ap´rova: a autocomunhão, a comunicação com um objeto ausente ou imaginário, a comunicação direta com o objeto em cena e indireta com a platéia”

“Se os olhos são o espelho da alma, a ponta dos dedos são os olhos do corpo”
“A irradiação e a absorção das emoções devem ocorrer facilmente, livremente, sem qualquer perda de energia”
“Adaptação para significar tanto os meios humanos internos quanto extrenos, que as pessoas usam para se ajustarem umas às outras, numa variedade de relações e, também, como auxílio para afetar um objeto”
Forças motivas interiores: a imaginação (a mente), o pensamento, a vontade. Utilizá-los naturalmente para também criar outros. Deve haver equilíbrio”
“O ator vive, devora e ri e, o tempo todo está vigiando suas próprias lágrimas e sorrisos. È esta a dupla função, este equilíbrio entre a vida e a atuação que faz sua arte” pg 317
Tudo deve apontar para o superobjetivo
Todos os exercícios tem como finalidade estabelecer direção para o superobjetivo
Eterno moderno e momentêneo
“Acima de tudo conservem o superobjetivo e a linha de direta de ação. Desconfiem de todas as tendências estranhas e dos propósitos alheios do tema principal” pg 329
Três aspectos importantes do processo criador
1 – a garra interior de preensão
2 – A linha direta de ação
3 – O superobjetivo
“Não me procure para isso. Meu sistema nunca fabricará inspiração. Pode apenas preparar um terreno favorável a ela. Se eu fosse você, deixaria de correr atas desse fantasma, a inspiração. Deixe-o por conta daquela fada miraculosa, a natureza, e dedique-se aquilo que está nos domínios do controle humano e consciente” pg 331
“No primeiro período da elaboração consciente de um papel o ator busca, tateando, chegar à vida de sua parte, sem entender completamente o que se está passando nela, nele mesmo e em volta dele” pg 335
Procurar o super objetivo da peça no autor e nos atores

Como descrever tudo isso? È um misto de dor, revolta, humilhação e muito amor descompassado. Eu sei onde anda o teu pensamento, tentando se esconder do enfrentamento, do cara a cara com ele. Te vejo fugir dos dois. Escorregas até quando? È duro não representar nada, cruel não ser ninguém . Ser apenas outro entre tantos! E parece que desvias. Eu me sinto tão anti-poético ! Queria usar apenas símbolos, aqueles extremamente triviais para demonstrar o que sinto. Tipo coração espetado! Molho de chaves abandonadas. Eu queria apenas você perto. Como antigamente, sei lá! Se permita, nos permita apenas uma tarde na sementeira, como antes. Quando não havia a tua tatuagem, quando o teu piercing era outro, quando eu tinha medo e sonhos. Quando ainda silenciava, e era duro dizer “te amo” . Quando os olhos se encontravam vorazes e não se desgrudavam, e a maior ofensa era um “que foi?”. Me permita por algumas horas viver um sonho que não volta, me permita. Se permita. Porque apesar de tanto desprezo ainda há um pouco de vontade. Não acredito que tanta erva, ao invés de ter te deixado em brasa, enregelou seus sentidos. Não posso crer no teu não. Não posso crer que treme... Por medo de enfrentá-lo? Eu estou bancando o otário nessa história toda, não é mesmo? Eu peço para voltar, porque não quero recorrer aos teus erros. Erros que junto as minhas palavras derradeiras tornou um amor tão lindo: vulgar.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Para falar de teatro


Assisti outro dia na tv, as intempéries no caminho artístico de Jackson Antunes, e o ator citou o livro A Preparação do Ator do famoso Stanislavski, que por coincidência eu lia no momento. O livro foi citado como uma verdadeira bíblia, e confesso que a sua leitura superficial não é útil. è preciso ler o livro diversas vezes, respirar fundo, analisar cada comentário, cada proposta do sistema, e ainda tentar trazê-la da Rússia do começo do século XX, ao Brasil do século XXi, principalmente Aracaju, com sua realidade exótica. O fato é que o Stanislavski nos propõe uma verdadeira revolução, que só surte efeito quando aprendido completamente, correndo o risco inclusive de se obter o efeito contrário.
Pontos importantes: Memória emocional - preencher o seu personagem com as suas próprias lembranças, guardando a principal delas, extraindo a sua verdadeira emoção, atribuindo-na ao seu personagem. A divisão em unidades e objetivos. Cada detalhe, cada nuance deve ser observado, deve ser enquadradro em um objetivo, o objetivo daquela unidade, esse objetivos formam uma linha contínua que tem como única direção O SUPER_OBJETIVO da peça! Complexo não? E ainda tem muito mais que esqueci, só recorrendo as minhas pequenas anotações. Mas mínimas coisas são importantes: concentrar-se em seu personagem durante os intervalos, para não enxertá-los com lacunas. Sem falar na importância do trabalho corporal, voz, dicção, dança - me ensinou a aturar a Lana. As dúvidas ainda existem: o que é ponto de tensão que estragou a apresentação de uma atriz com um ponto de tensão na sobrancelha? Como descobrir seu ponto de tensão? E essa fixidez em perfil será que deve existir?

sábado, 17 de janeiro de 2009


"Quando eu vim para esse mundo, eu não atinava em nada"

Eu queria ter marcado tanto, como umescandâlo, mas tudo que aprontei não serviu para isso. Se tivessemos ficado de mal, se sobrasse ódio e só, talvez fosse mais confortável. Mas só sobrou o frio e a solidão da Ângela e mais nada, tenho que concordar: "O grande escandâlo sou eu aqui, só" Talvez eu devesse ser escandaloso, fumar carteiras e carteiras de cigarro, plantar erva no meu armário e tatuar na pele uma garrafa de vodka. Alguma coisa dessa te hipnotiza não? No fundo eu não queria ser o calmante da tua dor, mas aprendi com o Cazuza que "raspas e restos me interessam". Eu não acredito que não tenha sobrado nada, que nada tenha ficado, esteja. É impossível ! Eu não fui o primeiro? Eu não machuquei e feri tanto? Isso fica! Poxa, como fica. Eu me sinto como no mágico de Oz, minuscúlo, tentando insistentemente abri a tua porta. Fica bem, meu bem, já que se fere me ferindo tanto!

Mulher sem razão ouve o teu homem!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009


Tudo isso me irrita tanto, meu bem. Todo esse descompasso, esse silêncio, esse corpo pequenino se expressando em fuga. Enquanto corro atrás e vejo apenas outros amores, outras amoras do seu campo, enquanto na nossa casa, as fruteiras estão infertéis, as paredes descascadas e o teto desabando. Desabamos! "Meu mundo... Caiu!", talvez seja isso, caiu mesmo, meu orgulho, meus brios, minha vontade, meus desejos, a honra de nunca ter me curvado, me humilhado à você. Isso te tornava diferente, novo no meio da velharia. Todo esse teu desprezo te iguala. E iguais não somam equações. Cada dia me canso mais de carregar a culpa nas minhas costas dos erros. Se perco por ter dito as palavras derradeiras, pecastes por inércia. Inerte só a mim. ainda me iludo que representei um pouco ou mais nessa farsa. Errei por exigir uma lutinha que fosse, mas a guerra só veio para outros braços, não castos, insensíveis aos meus olhos. A lilith me mostrou que assuntos inacabados acabam um dia. Talvez o nosso acabou mesmo. Estou sim entregando os pontos, impostarei meu nariz, tirarei o pó das mãos e dos calos, deletarei as músicas e não verei mais. Imerso numa cegueira leitosa, assim é melhor. Para não atrapalhar. Para não receber nenhuma resposta, nem tirar nenhuma conclusão do que leio. A Maysa errou também, traiu, mentiu mas amava sem calma! Mudou tanto! e não foi graças a mim, e o fato de não me querer me atrai profundamente, mas largarei o cheiro, desinfetarei os hematomas e rabiscarei teu nome de todos os meus textos. Porque não há mais poesia com a tua ausência!

p.s: Fiz promessa para que junto com a senha tenha perdido o meu endereço também!
Sabe? A felicidade bate a porta quando estamos com a chave envolta na fechadura! De repente alguma coisa acontece e você consegue ultrapassar os obstáculos, não se intimidar com os inimigos, e seguir em frente, afinal o tempo urge e a Sapucaí é grande, meu bem. Afinal, as coisas devem prosseguir, independente de qualquer coisa. E um dia, os assuntos pendentes se resolverão! Feliz feliz!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

"Quando passas por mim
Sem me notar
Me faz chorar, nem sabe
Que sofro por ti
Deixa eu te levar...."

sábado, 10 de janeiro de 2009

Queria realmente me drogar, não com erva barata, mas sim dando voltas no mesmo eixo, quem sabe ao som de Isabella taviane oou norah jonnes, o importante era me teletransportar, queria ser um vetusto orvalho no topo do Alpes, reparando em todos os detalhes, ando raciocinando demais, perguntando demais, agindo pouco, sendo pouco impulsivo, queria novamente cair de cara no chão, nem que para isso quebrasse os dentes.
Lembraram outro dia dos meus olhinhos infantis, dos meus impulsos-repentes de felicidade, de empolgação, que se esvaem no segundo seguinte.
Eu só queria que a leontina se confessasse!

Paz, eu quero paz, já me cansei de ser o último a saber de ti

Sim, meu bem arda em febre! Evapore todas essa sensações, exploda possível, porque eu me canso de tentar te ter de volta e você fugir eternamente, saindo de todos os lugares que posso estar ao seu lado. Se esquivando como uma serpente, me tornando cada dia mais infimo, me diminuindo!
roubando toda a minha prosa!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

As vezes penso que os deuses andam de sacanagem comigo. Não se, mas acho que brincam de gato e rato, e o meu rato não é o esperto Jerry. “OH! Senhor Deus onde estás que não responde?” clamo castranhamente que me socorra, porque alguns dias pega muito pesado que não tenho nem forças para juntar os cacos. E sobra apenas indiferença e dores latejantes. Antes eu tivesse a coragem do pequeno-grande-compositor-de-músicas-que-só-eu-escuto: de jogar tudo para o alto e beirar a loucura, uma loucura só minha e de mais ninguém. Mas me responde inclusive com a simpática prima da Lilith, e com um telefonema desta, do qual não pude nem ouvir a voz. Tudo isso para fechar a noite em que me senti um verdadeiro desgraçado, incompetente. Não há forças mais nessa fortaleza que visto, e a única máscara que encontrei é a posta sobre o meu rosto. Não é inveja, é arrependimento, vontade de ter o ouro que lancei em outros braços não castos. Ah! Senhor dos desgraçados

domingo, 4 de janeiro de 2009


Sabe? Eu sofro, eu sinto, eu peno!Como um imoortal que escorrega como fezes pela sarjeta, que se farta com excrementos dos outros, sem amor próprio nem endereço! Não há uma única palavra para mim, nenhum grão de areia meu, sobra apenas indiferença e pouco caso, muito pouco caso, sem canções, paixão, mãos. Parecia ser apenas minha mão em outra mão qualquer que não a sua. Não havia você, só vodka barata, enquanto eu colava as pedras do seu mosaico-mente, tão embaralhadas em outros, tantos outros quando eu não era o você. Afinal eram tantos guardas te cercando, te evitando a loucura minha, como se houvesse loucura em minhas mão pequenas. Vou aprender com você a arrancar as raízes com as unhas, talvez, quem sabe você não me entregue alguém, como eu te entreguei!
p.s: prometo escrever mais esse ano!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Amar

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui…além…
mais este e aquele, o outro e toda a gente..
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disse que se pode amar alguém
durante a vida inteira é porque mente.

Há uma primavera em cada vida:
é preciso cantá-la assim florida,
pois se Deus nos deu voz foi prá cantar

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
que seja minha noite uma alvorada,
que me saiba perder…prá me encontrar…

Florbela Espanca

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

2009 Lama para os meus pés

Para não evitar a praxe: que virada! Meu bem, que virada! Esperança renovada - sem cachaça! - E pesando nas costas a responsabilidade que não tive no ano que passou, anulando o ano passado. esquecendo e deletando os velhos problemas. Ouvindo a Rita, beijando a Maria Louca toda suja de pó e tinta. vendo o sol nascer magro, compresso nas nuvens! Rodeado de amigos, pessoas silenciosamente especiais. Ouvindo um "Você é uma pessoa especial" sem o bafo da vodka barata. Vendo nos olhos de alma feminina as lágrimas que me emocionaram deveras. Conhecendo o detentor dessa alma. Lama para os meus pés. Dança doida meu amor. Mãos, pés, cintura, lábios! Batom gosto de fome o seu. V marcando V na primeira aurora. aurora. aurora aurora. Não vá embora. E a Maria Rita não cantou casa pré-fabricada meu bem, até porque sua canção e dele agora é a da Kid abelha. Eu faço parte dos outros, outros perdidos no palheiro. E eu não vi quem não queria ver. Virada boa! Adoro anos ímpares. teatro e letras para a gente. Chega de papo. Te amo amor!
POrque eu preciso realmente acreditar que posso amar de novo!!!!!!