sábado, 18 de julho de 2009

Eu não concordo!


Detesto essa visão de teatro tendo o texto como acesório. É injusto com o autor considerar suas palavras como uma pulseira que adorna o punho. Não. Também não acredito que ele é o mais importante, que deve ser decorado piamente e dito com cada preposição e conjunção. Sendo imperdoáveis as trocas de palavras, de ordem. O autor também erra. Assim como o cenógrafo, o figurinista -lembrem-se da roupa de Ismene, amarelo-ovo é azar na certa - o diretor. Acredito num processo em que se priorize todos. O texto deve ser bem dito, e bem interpretado. Caso contrário transformamos uma cena bela rostoxrosto numa comédiazinha barata com vassoura e celular. Não sei. Não é simplesmente porque hoje escrevo, mas já pararam pra pensar se mudassem o câncer no seio da Geni para uma leucemia? Teria uma tremenda diferença. Já pensou de matam a Judite com uma arma e não com veneno? Há certas coisas que se perdem quando o texto não é priorizado, assim como um ator sem um corpo que se expressa bem, ou uma voz danificada acrescentam puco. Acredito que o erro é se prorizar alguma coisa e não permitir o pensar teatro como a comunhão de todas ela. Tudo importa, e o ator tem de estar apto a lidar com todas elas, por mais que pareça muitas vezes impossível.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Inconstante:sou eu!


Me batizo asssim. Foi a primeira palavra que busquei o significado num dicionário e nunca mais esqueci. Me lembro inclusive que a palavra se referia a moçinha de "A Moreninha". A partir de então, eu passei a ser aquilo que a palavra me pulsava, o que ela me falava em cada enigma proposto. Há palavras que possuem essa força interior. Algumas palavras se comportam como gente, com sentimentos, ações... Veja a palavra Céu por exemplo, ela revira minha cabeça e me deixa feliz só de pronunciar: "C-É-U". Vocês precebem que é uma entrega.?Sentem como se uma virgem se doasse a seu amado? "Céu" é mais que doar-se, é um dar-se, não apenas sexualmente, mas inteiramente, interiormente.

Um amigo meu, era gamado na palavra carrrrrrrne, criptonita, pacto. Ele virava latino por causa dessas palavras, algo sensual brotava dos lábios dele, da língua. Mas ele só era assim: envolvente quando se utilizava da palavra carne. Eu não sei porque, mas carne a partir daí passou a significar cemitério para mim. Foram as imagens que ele deixou guardada.

O que me dizem da palavra "Sangue"? Há algo mais adocicado?

Eu aconselho a qualquer um, faça a sua lista de palavra e se delicie!
Saudade: Outra palavra

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Luto à minha criatividade!


Eu sei que mereço tudo isso. A resposta de tanta dedicação ao teatro sempre vem no fim de cada semestre. Agora, depois de ter visto aqueles meninos do Alcebíades, eu tenho uma certeza. Uma certeza que não condiz muito com minhas últimas atitudes. Está bem. Continua tudo caótico, mas eu cansei de ter as piores médias da faculdade. Cansei definitivamente de não me importar com a média, em não ser um bom aluno. Preciso urgentemente paparicar os professores, reproduzir o que desejam, assim eles ficam satisfeitos. Eu gostei daquele meu trabalho, sabia? Achei adorável analisar a frase "Vista seu pulso. Juliana Paes veste Orient". Eu me senti importante, e pela primeira vez na vida, consegui ser acadêmico. Dessa vez, eu não deixei ao cargo dos outro, nem permiti que ninguém colasse nosso trabalho da internet. Fiz com meus neurônios embrutecidos pelo fardo do teatro. Fiz num amor e dedicação que eram meus. E eu cheguei a pensar que o resultado seria satisfatório. Mas não, ele veio com uma aspecto terrível. Sabe, às vezes me iludo que escrevo bem: foi um puro engano que bons amigos me deram. Agora está explicado as péssimas notas. O meu 7.5 em meio aos 10 dos colegas. Agora eu entendo a minha nota da redação do vestibular. Eu sou um acadêmico fracassado, eu sei. Meu Deus que bom que meu irmão é o modelo porque assim alguém na família se salva. Pelo menos. Pode parecer arrogância, mas sou o aluno mais interessado..... Ah! Meu Deus! Quanta contradição! No fundo eu queria provar que era suficientemente bom para àquele que admirava bastante. Mas não, não o sou nem suficiente! OH! Odeio o James!

domingo, 5 de julho de 2009


-E se eu não gostar de artes o que é que tem? Se não curtir literatura, dança, teatro. SE achar o Machado de Assis um saco, o Caio Fernando Abreu muito viado, a Maria rita superficial? Se penso que Janis Joplins é apenas mais uma drogada, quem pode me contradizer? Caso não tenha lido o Cervantes, mandado o Camões ás favas, e chamado um terapeuta pro Rodrigues, vão me condenar? Só porque não escuto o Buarque, detesto tango argentino, e não entendo patavinas das viagens da Clarice... Não estou certo de achar o Guimarães Rosa um desocupado, o Lins do Rêgo um fracassado e o Jorge Amado um tarado? Se prefiro chá de camomila à ballet russo, se não terminei de ler o Dostoiévski, se a Angela Rôro irrita meus ouvidos... Se pra mim Picasso é carro, Foucault é phoder em hindu e Paim rima com capim, qual o problema? SE não admiro o som dos Los hermanos, se acho a Cecília brega e a Pagu puta, se adoro dia de chuva, o que eu tenho?
- Depressão!!!!!!!!