domingo, 27 de julho de 2008

o que escrevi enquanto voocê confabulava aquela transa que ainda rumino!

Numa mesa de bar quadrada um assexuado fuma e bebe. Enquanto reflete e imagina coisas. Faz planos e critica a sociedade. No palco uma banda toca uma canção que ninguém escuta. A piada do elefante é cogitada diversas vezes. Quem vai esconder o assexuado? Do outro lado um cara é beijado por duas. A autoridade passa cumprimentando a primeira atriz da companhia. Outra autoridade: Puxasaquismo na fila da merenda. Garçons culturais. Orgias chuvosas. Para quê tudo isso? Por um bocado mais de farinha no cuscuz.

Senti falta da voz da Maria Rita. Falta dos gritos da Flávia. Dos requebros de Mayara. Relembrei o belo “puta que pariu” da Savanna. O último a chegar não foi o Patrick! E não houve esperneio de Deyvid. Quem solicitou brilho não foi Dayane. Não fui eu quem sentei para escrever e receber a companhia mais ilustre da noite. Diego não filosofou. Dudu não correu atrás de mais uma coca. Didi não reparou nas coincidências astrológicas. Selinhos não foram retribuídos por Gabi. Jean não foi prolixo e não contou historias da carochinha. Carla não foi disputada por mais de um(A) pretendente. Não houve declamação de poesia. BUbu não se travestiu. Não houve Inocência. Nem abundância de comida... Apenas eu estava lá e mais ninguém.

Eu e o cara assexuado que fumava e bebia na mesa de bar quadrada

sábado, 26 de julho de 2008


Eu queria uma casa no campo, para plantar os amigos que não sobraram em minhas mãos, e os amores que apodreceram aos meus pés. Casa para criar as três filhas que prometi a última amora apodrecida. Casa para corroer minhas unhas. Para te ter em meus braços, apodrecendo naquele seu colchão velho que tanto amei, que rolei como uma amora apodrecendo. Casa para rabiscar as paredes! Para diminuir você até o último suspiro! Lar doce lar. Doce feito de casa! Lugarzinho para esconder minhas mágoas e chorar os seus maltratos. os teus maltratos que compreendo tolamente. Os seus segredos que acabo descobrindo, a tua sacanagem que não gosto. Vamos lá assistir o enterro da minha última quimera. Pega o cálice que deixarei na sala aconchegante, ao lado da tua poltrona preta, nesta casa. Bebe o vinho deste cálice e solta o seu sorriso cor de fogo. E as paredes não serão cor de laranja, nem vermelho, só haverá palavras escorrendo nas infiltrações - assim como o Gilberto que vivenciamos - Não haverá as suas mentiras torpes. E as únicas transas serão as nossas, as cartas que receberias serão interditadas e as compras no supermecado não serão feitas. Comeremos aqule biscoito mole que passou minha fome... Encostaremos na parede, e no outro dia depois de ter virado a chave na fechadura, vamos nos encontrar numa casa qualquer repleta de pessoas que já beijaram essa boca que beijei e assim saberei que estava certo em não acreditar que eu era o primeiro

quarta-feira, 23 de julho de 2008

De cecília meireles para Ismene

Tanta Tinta

AH! menina tonta
Toda suja de tinta
mal o sol desponta

(sentou-se na ponte
muito desatenta
E agora se espanta
Quem é que a ponte pinta?
Com tanta tinta?)

A ponte aponta
e se desaponta
a tontinha tenta
limpar a tinta
Ponto a ponto
E pinta por pinta

Ah! A menina tonta
Não viu a tinta da ponte!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Inferno infimo

Não parei para avaliar as coisas, muito menos para reavaliá-las. e talvez tenha medo quando isso tudo passar, talvez eu me perca em feridantigas, talvez eu tenha que pedir um pouco mais de tempo ao meu universo particular. Talvez as palavras não bastem mas as profecias vão se realizar, hão de se realizar. Caso contrário eu assassinar-me-ei com a gramática normativa- quando aprende-lá. quereno apenas viver... cada grão de areia que a terra há de comer

domingo, 13 de julho de 2008

PORque eu ConTinuo Batendo Batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo NESSA PORTa que Não Abre nunca!

Acesso....

Ontem foi dia de projetar o Acesso. De encerrar ciclos, de ser simples, ser modesto, de esconder as vaidades e pensar mais nos estrelismos individuais dos outros. Dia de não pensar que o demônio te excluiu de todo um processo. DE não pensar na FERidaNTIGa do Caio Fernando Abreu. Dia de esperar a terra parar... O dia do dia simples que era importante e não soube expressar a importânca. Dia de ganhar a recompensa que não merecia... Recompensa não dada em beijos, mas em timbres de voz... Recompensa notada... Dia de ter sido pai da filha dos outros. DE descer do pedestal. Encerrando outro ciclo em que só não foi maximizado no final... Porque a recompensa já tinha vindo anteriormente... Dia de confirmar que ama quem faz as coisas belas sem perceber....

domingo, 6 de julho de 2008

A menina que roubava livros e o demônio que rouba pensamentos

Liesel morreu ontem, purificando minhas dores e as dela. Morreu lembrando os mortos e as palavras que a perseguiam durante o único momento da sua vida que a interessava. A meninice que a tornou mulher. O amor não vivido em beijos, o amor vivido em cores de cabelos e em roubos de livros. O silêncio de acordeão e as ofensas mais deliciosas dadas por uma mãe. Retratou em prosa os momentos mais amargos e os mais felizes que me levaram as lágrimas e a ânsia de vômito. A morte que se submeteu a vívida vida dela.
Liesel me levou por longos caminhos e a leitura vagorosa me permitiu estar só e refletir sobre o meu demônio que me segue e é extremamente indeciso. Nos meus sonhos impossíveis e nas palavras rarefeitas que capturo com minhas mãozinhas, percebo a minha inocência cativante, repugnante, idiota.
O demônio retorna para a sua casa. Ele vive nos porões inconscientes de Maxs e Hanss... Demônios que trazem infelicidade e impedem de conhecer a cor do céu de cada dia. Humanos psicopatas incapazes de qualquer coerência.
Morangos mofados! Não faz parte da sua demonologia? È câncer na alma. Tua boca tem esse gosto. Gosto de cigarro de morango mofado. Quem de nós é a Liesel? Você seria capaz de levar chicotadas em praça pública por um amigo que morou no seu porão? Como você se ergueria dos escombros e carregaria o acordeão de teu pai? Que prazer é esse em me fazer penar? Purificar! Faz uma bela tragédia e grita algo mais forte que um “deixe-me em paz”. Vai se amargurar em outra esquina, onde é permitido fumar. A chuva cai lá fora e se eu saio, é porque quero me molhar. Seja meu cicerone então. Canta uma canção rasgada que seja só sua e de mais ninguém. Abre a porta e deixa eu entrar, já tenho dificuldades suficientes. Sabe de uma? Se atira! Ou então, vem logo! Se entrega, ou simplesmente renega. Não me ilude não.
Talvez eu mereça as chicotadas e as migalhas de pão aos meus pés. Mereço, por me recusar a roubar as palavras que me são ofertadas. Por ficar do lado do Hitler que está matando a todos nessa Rua Himmel.