segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Encruzilhadas

Volto com o mesmo gosto da solidão aos papéis. Tento transcrever tudo o que não penso. Escrevo por impulso. Por desgosto.
Minha intenção agora é manipular as personagens, é cruzá-las umas com as outras, num emaranhado de loucuras e surpresas, enquanto espero o tempo passasr:

"È incrível o nível de percepção e instinto de algumas pessoas, e, não distingo aqui entre homens e mulheres. E nem falo do sexto sentido feminino que nunca descobri do que se trata, falo de percepções, de notar o que está acontecendo, do instinto dos psicólogos, dos fofoqueiros, dos jornalistas, das mães e das amantes. Como é possível conhecer outra pessoa, melhor do que a nós mesmos? Talvez seja porque não temos a imagem correta do que somos. Renegamos a nossa imagem que se apresenta aos outros, e não percebemos que somos todos os defeitos físicos e emocionais que não aceitamos. Os outros nos apresentam mais completos e mais transparentes que nós mesmos, por isso é mais fácil consertar o teto de vidro do vizinho e também por isso que a fruta do pomar dele é mais gostosa. "


sábado, 23 de fevereiro de 2008

Brinquedo torto


Esqueci as regras do jogo,e não posso mais jogar.

Veio escrito na embalagem,use e saia pra agitar.

Vou com os outros pro abate,o meu dono vai lucrar

Seja cedo ou seja tarde,quando isso vai mudar?

Não me diga, eu te disse,isso não vai resolver.

Se eu explodo meu violão,o que mais posso fazer?

Isso é tão desconfortável,me ensinaram a fingir.

E se eu for derrotado,nem sei como me render.

e eu me vendo como um brinquedo torto

e eu me vendo como uma estátua

e eu me vendo como um brinquedo torto

e eu me vendo como uma estátua.
pitty

Las Camas de "A Serpente"


Ontem a noite, enquato esperava o sono se apoderar de mim, lembrava das palavras insólitas da venenosa, e me lembrei de como, enquanto trocavamos putrefações teatrais, desejavamos ter quando fossemos grandes atores, relatos de certas situações pelas quais passamos, na nossa corrida incessante pelo teatro.
O fato é que acabei me lembrando de uma situação engraçada que nem comentamos.
Enquanto ensaiavamos "A Serpente" contavamos com um grande problema. Como encontrar uma cama para as cenas, e a cama era imprescindivel, era mencionada em todas as cenas, sexo era simulado em cima dela. O que fazer? A mayara prometia trazer a sua. E tranquilizava a todos, mas eu e a Savanna não conseguíamos confiar nela, porque o otimismo da menina é enorme e a negativa "não deu certo!" só vinha no dia, recheado de desculpas plausíveis, então me adiantei a caçada de uma cama, e foi fácil conseguir. Para a apresentação no Cefet-se, conseguimo com a Aline, uma aluna que morava em frente ao colégio, e sou eternamente agradecido a ela porque, a avó faleceu na vespera da apresentação e ela teve que viajar para São Paulo, e mesmo assim ela deixou tudo organizado. Para a apresentação no centro de criatividade consegui com o meu grande amigo Cayo que nos emprestou uma cama da sua casa que ficava perto de lá.
O que quero salientar nesse texto é que fomos sim atores, fomos profissionais, fomos grupo, porque não é para qualquer um invadir a intimidade de duas famílias, tomar emprestado a cama, encenar na cama emprestada e depois correr para devolver, porque alguém precisava dela para dormir!Só atores profissionais são competentes a improvisar a tal ponto

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O veneno que não provo!

A Savanna me prometeu que não mais provarei do veneno dela. E graças a Deus e a minha acidez, eu preciso dizer que não necessito de doses desse veneno. Doses imensas e incessantes só de teatro. E até dele me canso. Mas o fato é que me sinto aprisonado em um pote de vidro há algum tempo e que isso me sufoca imensamente, mas estou prestes a sair dessa redoma de vidro. Vou respirar e curtir. Realizar todos os meus projetos e vontades. Estou de volta a realidade e com a mesma vontade de enfrentar os problemas e modificar o que não é bom. Me livrei do lero-lero. Vou cultivar novas sementes para dessa vez plantar em solo mais arenoso. Construirei castelos de areia no asfalto, não mais colherei tempestades alheias, nem engolirei desaforos, continuarei com os meus valores e minhas regras já estabelecidas e agregarei novos valores importantes

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

AMIGOS QUERIDOS

HÁ ALGUM TEMPO A TV BRASILEIRA NÃO ME ATRAIA. TINHA MEDO DE SUAS MANIPULAÇÕES E DE SUAS MENSAGENS SUBLIMINARES. E NA VERDADE, FALTAVA O TÉDIO DESSES ÚLTIMOS DIAS PARA ASSISTI-LÁ. MAS ANDO ME EMOCIONANDO MUITO COM ESSA MINISSÉRIE NOVA QUE ACHO QUE PELO TEMPO DE DURAÇÃO JÁ DEVE ESTAR FICANDO VELHA! TUDO NA NOVELA SERVE PARA RELEMBRAR E REFELTIR SOBRE A AMIZADE E OS VERDADEIROS AMIGOS. OS AMIGOS QUE IMPERFEITOS SÃO MESMO ASSIM, NOSSOS AMIGOS. E, NESSE MOMENTO DE SOLIDÃO ETERNA RELEMBRO TODOS ELES QUE ESTARÃO PARA SEMPRE COMIGO, MESMO NESSE MOMENTO EM QUE ESTÃO DISTANTES. PERCEBO QUE TODOS FAZEM UMA FALTA IMENSA E QUE A INEVITÁVEL SEPARAÇÃO VAI ME MAGOAR, PORQUE AMO TODOS ELES COM OS DEFEITOS. O PATRICK COM A INDIFERENÇA. O DEYVID COM A INFANTILIDADE MAIS MADURA QUE JÁ VI. A MAYARA E A DISTRAÇÃO. A SAVANNA E O VENENO. A CARLA E O EGOÍSMO. A DAYANNE E O CONSERVADORISMO. O MARCOS E O SENSO DE HUMOR NEGRO. A ELISÂNGELA E A GROSSEIRIA. O CAYO E AS INSINUAÇÕES INSUPORTÁVEIS...
pORQUE AFINAL, EU SOU A MISTURA DE TODOS ELES COM ALGUMAS PITADAS A MAIS DE ACIDEZ

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Textículos - Pequenos Textos encenados


Terminei o espetáculo de tal forma tão decepcionado comigo mesmo que esqueci o quão interessante e especial foi para mim o texto O mentiroso de Jean Cocteau. Quando o Raimundo Venâncio me deu esse texto eu o recebi como um verdadeiro presente e acho que por não ter dado conta do recado como deveria. Na segunda leva de ensaios ele não estava mais tão bom como na primeira. Não havia mais a emoção e a vontade de fazer, e também não mais estava na overdose de teatro. Tinha medo, como sempre das críticas que estavam por vir, e a falta de críticas do Raimundo talvez tenha piorado tudo.Ele, astuto, talvez tenha compreendido que odeiio críticas! Como ser um ator sem recebê-las como amigas? Nos três espetáculos seguintes não conseguir ser o que deveria e não provei a todos que queria que sou um ator!

071

Ontem na dura conversa que tive com o Deyvid eu falei a ele que quando termina a adolescência (o que para mim é o mesmo que terminar o ensino médio) nós só voltamos a ser felizes quando nos tornamos pais. No 071 eu confirmei essa tese. Duas meninas lindas vieram com a mãe no banco a minha frente. A mais velha me lembrou a Luzinete, caralho, até as das trançinhas... E ambas estavam com um vestidinho que é o que eu procurava para a menina.
A mais velha era muito falante, e conversava sem parar com a mãe, parecia que estava na idade do "porque". em certo momento da viagem, ela pegou o cabelo da irmã mais nova e falou:
- Mãe ela vai ficar galega como a minha barbie - o que era impossível, porque os cabelos da irmazinha eram castanho escuros. - vai ser loura, eu não eu vou ser morena.
- Não seja racista menina - brincou a mãe.
- EU tô sendo é realista.
eu não vejo a hora de ter filhos e parar de cometer burradas

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

inicio

Começar é sempre um saco. Começo de namoro é tédio, de masturbação é flacidez, de amizade é sorriso, de briga é elogio, de depressão é silêncio, de solidão é muitos amigos, de amor é amizade, de filme é trailler, de peça é montagem, de recuperação é estado de coma.
Tô tentando começar uma nova fase e mudar tudo, mas eu sei que no fim, nada vai mudar. Aconteceu uma coisa engraçada, percebi hj que todas as luzes se apagaram e que minha felicidade só volta com os filhos que ainda não tive...
E pensar que tudo foi porque perdi o show de Ana Carolina...