sábado, 18 de julho de 2009

Eu não concordo!


Detesto essa visão de teatro tendo o texto como acesório. É injusto com o autor considerar suas palavras como uma pulseira que adorna o punho. Não. Também não acredito que ele é o mais importante, que deve ser decorado piamente e dito com cada preposição e conjunção. Sendo imperdoáveis as trocas de palavras, de ordem. O autor também erra. Assim como o cenógrafo, o figurinista -lembrem-se da roupa de Ismene, amarelo-ovo é azar na certa - o diretor. Acredito num processo em que se priorize todos. O texto deve ser bem dito, e bem interpretado. Caso contrário transformamos uma cena bela rostoxrosto numa comédiazinha barata com vassoura e celular. Não sei. Não é simplesmente porque hoje escrevo, mas já pararam pra pensar se mudassem o câncer no seio da Geni para uma leucemia? Teria uma tremenda diferença. Já pensou de matam a Judite com uma arma e não com veneno? Há certas coisas que se perdem quando o texto não é priorizado, assim como um ator sem um corpo que se expressa bem, ou uma voz danificada acrescentam puco. Acredito que o erro é se prorizar alguma coisa e não permitir o pensar teatro como a comunhão de todas ela. Tudo importa, e o ator tem de estar apto a lidar com todas elas, por mais que pareça muitas vezes impossível.

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