quarta-feira, 7 de maio de 2008

Anor

Cansei de definições. Adora a literatura por isso: pode-se criar conceitos, várioos e variados, mas não definir. Meus óculos enxerga assim; sem rótulos, sem rótulos, sem rótulos. Não existe branco, preto, hetero... Existe amor e só. A Elis falava: "Também sei que o amor é uma coisa boa" Há algo mais simples? Há algo melhor? BOM! Resume tudo.
Quero falar do amor verdadeiro. Do amor do toque, do amor da carícia nno queixo, do amor-dança-de-dedos, do amor patinação por baixo da blusa. Grito ao amor da companhia no banco da praça. Do amor de ouvir Maria Rita. Do amor de oferecer e de negar. Do amor que é o beijo lançado pela mão, capaz de atravessar a rua, adentrar o ônibus, a catraca e atingir a amiga há tempos desaparecida, mas agora ao seu lado. Do amor possessivo. Do amor que não permite que outro possua o que é nosso. Do amor das unhas roídas e corroídas. Do amor-saudade. Doamor-espera. Do amor Belo-Horizonte. Do amor às três filhas não tidas. Do amor salgado-pimenta. Do amor dos dias vazios e ausentes. Do amor...
Se amassemos mais. Se cada uma amasse alguém sem definições. Se o amor fosse amor e só... Aí então, pararíamos de perguntar bobagens. De pensar bobagens. E as conversas em rodas de amigos seriam bem melhores.

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