
Pensei que havia experimentado o teatro no outro ao contracenar com Aimée uma cena simplória, onde uma menina faz um avião para um garotinho que vende jujubas. Rimos tanto, que escorregões não nos detiveram. Recebi texto no colo, e participei mais como expectador ativo que como um ator. A velha história do ator escada dessa vez não me feriu, ao contrário, me mostrou como ser simples, quase invisivel traz holofotes gritantes à cara.
O teatro no outro não se restringiu apenas a doce Aimée, com gosto de chocolate quente. Hoje me toma minha menina Lara, tão ingênua, tão tímida ao cobrir os seios sujos de argila com os ombros. E como duividei da sua competência, da força que se escondia nos seus fragéis braços. Me provaste dia após dia, que cobrir-se dos pés a cabeça de argila era bobagem, que era simple encaixar minha flácida máscara em meu rosto repleto de longos cabelos, que me segurar contorcido tirava de letra.
È a ausência no palco que mais me marcará.
Te amo Lara e obrigado por tudo!