
sábado, 27 de março de 2010
Pensando em suícidio

domingo, 14 de março de 2010
Primeiro é o aperto de mão
Depois segura no braço
E pede um abraço
E rouba um beijo
Solicita um cigarro
Toma no seu copo
Usa seu celular
Invade sua privacidade
Te faz de choffer
Aos poucos te põe um alcunha
Com muito cinismo
Repete-a várias vezes
Para que se acostume
Sublinha a ofensa
Compra teu silêncio
Encharcando de abusos
Tua rotina
Te derruba no chão
Recrimina seus parceiros
Desdenha os desconhecidos
E com um sorriso
Diz: sou seu amigo
Depois segura no braço
E pede um abraço
E rouba um beijo
Solicita um cigarro
Toma no seu copo
Usa seu celular
Invade sua privacidade
Te faz de choffer
Aos poucos te põe um alcunha
Com muito cinismo
Repete-a várias vezes
Para que se acostume
Sublinha a ofensa
Compra teu silêncio
Encharcando de abusos
Tua rotina
Te derruba no chão
Recrimina seus parceiros
Desdenha os desconhecidos
E com um sorriso
Diz: sou seu amigo
Azul e Vermelho

"Azul e Vermelho piscando
pode ser sinal de perigo"
Reação
Lado a lado, um no azul outro no vermelho, revelavam-se distintos. Deitados num poço de papel-isopor silenciavam desencontro. O azul entregue ao sono, o vermelho entregue a solidão. O azul lívido, o vermelho desesperado.
Na ânsia de encontrar respostas para as recriminações, o vermelho virava-se de lado e chorava uma única lágrima de um único olho. O azul exasperava desprezo através dos cílios. E a porta a testemunhar à dois metros, com rangidos.
Não houve ruídos que interrompesse o constrangimento. O azul de olhos fechados parecia olhar fixo, como alguém que não vê. Enquanto o outro tateava o silêncio e desejava sôfrego que o sono fosse urgente.
Esperando algum acontecimento, o vermelho se excluía de qualquer tentativa, apenas mapeava profundamente a extensão da plenitude do corpo do Azul. O vermelho rastejava no saco enquanto o desejado permanecia imovél, esquecido no desconforto.
O Azul se rendeu a inconsciência de olhar para o teto, e lentamente perdeu a alma. Seu espírito vagava a dois metros do seu corpo. Instantaneamente, sentiu a mão de dedos alongados e úmidos tocarem sua nuca e pressioná-la contra o corpo. Corpo de outra alma. Corpo do Azul. Reviraram em toque e sucumbiram à beijos inexplicáveis: explodiram em gozo.
Voltando a consciência o vermelho percebeu o Azul ainda imóvel e compreendeu que tudo aconteceu entre os abismo dos centrímetros de dois corpos.
terça-feira, 2 de março de 2010
Nina
(O cenário é composto por um quarto e uma sala. Ambos os espaços composto por pouscos movéis. No quarto, uma cama de solteiro onde vive o inválido Joaquim. Na sala , uma mesa onde ocorre as refeições. Separando o quarto da sala, uma porta. Na sala, uma enorme janela)
NINA (entrando no quarto) - Há vinte anos estou no mundo. Há trâs está prostrado nessa cama. Há seis mamãe morreu. Há três meseso Sebastian não aparece aqui em casa. Na maior parte do tempo somos apenas você e eu. Será que gosta da minha companhia como amo a sua? Se eu pudesse te levaria a um passeio. Faz um calor insuportável lá fora, mas as noites são lindas. Outro dia a Lili me perguntou porque não compro uma cadeira de rodas. Quase a esbofeteei. "Meu pai há de sair com as próprias pernas" foi o que lhe disse. È o que lhe digo, olhando nos seus olhos. "Há de sair com as próprias pernas".
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