sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sobre o amor e o desamor

Outro dia me perguntram com um sorriso nos lábios e a certeza da resposta:
- Você me ama?
Tentei não responder, sorri com deboche. Esforçei-me ao máximo para não deixar a resposta verdadeira exposta na cara como sempre faço. Queria dissimular, mas não deu. O 'amo' somente, me faltou. Se banalizaram o eu te amo, eu continuei sendo fiel a sua significação. E só digo quando vejo que só essas palavras podem exprimir o que sinto. Então, só assim posso repetir, repetir e repetir que amo, amo loucamente e com abundância. Amo com desespero que beira muitas vezes à impaciência, ao absurdo da ignorância. Amo como uma donzela romântica, tal como a Inocência ou a Moreninha. Amo com pieguice.
E quando surge o desamor brutal proposto pela Ilma, sobra apenas a indiferença e a ausência da resposta certa. Dessa forma somos forçados a ouvir mesmo sem crer da mesma boca:
_ Eu sei que ama!

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