segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tenras tardes

Já te esperei em todos os cantos,
canteiros, cubículos apertados.
Esperei no quarto,
mas não chegou.

Esperei o fato marcado,
a correspondência antiga,
o crime - cabeça espatifada contra
o muro - e retardou.

À espera do recado certo
(ligação rápida no celular
'alô?' 'já vai!")
fico tarde inteiras

Pulei o muro, fiz perguntas
indiscretas, constatei:
A vida corre sem você,
mas não posso correr dela

Um comentário:

Fláviabin disse...

eu queria voltar a escrever assim, por um motivo.

felicidade amorosa acaba com a idéia repentina e marginal de compor.

fico sem ser do que gosto mais...