sábado, 26 de maio de 2012



Um cacete para Eros!
Algo que lhe doa do ânus até a garganta. Uma coisa grande, incômoda, que não se vá mesmo com doses e doses de vodka barata. Uma punição para suas atuais trapalhadas. Algo que lhe mostre que tem feito burrada, que tem transformado o amor em caos. Porque eu sei, caro Eros por onde tem andado. Sei que um belo dia cheirastes até o pó enquanto dançava Man Down. Foi nesta noite que perdeste os pares das cartas. Ninguém percebeu que trocou todas elas milimetricamente marcadas, que numa confusão absurda jogou todas dentro de um saco e se foi esbravejando:
 - Cacete, mereço um tapa!
E a partir de então, tem tentado inultimente reaver os pares. Tentando transformar um ser em amado.   Que magia tem usado? Como tem ludibriado os otários? Será que só eu percebi que tudo tem desandado. Que tem unido pares desiguais. Que os amantes não tem se amado. Como sua flecha não tem entortado se a esmo atira na contramão e atinge qualquer transeunte desavisado? Como tem unido mãos de pessoas que nem se respeitam, como tem feito para que haja química em corpos que não se completam? Como tem feito para que assumam amores que ferem, desrespeitam, excluem passado, memórias, projetos e coisas mais. Porque permite que se prostituam para o amado? Por um trago, um carro, um pedaço de sanduba qualquer. Como tem unido tanta gente com a velha desculpa de que "opostos se atraem". Vai à merda com essa física barata. À merda com todas essas ideologias de que quem é contra as suas flechadas é apenas um invejoso mal-amado. Vai à merda seu anjo irresponsável. Mete essa sua maldita flecha no seu rabo! Porque eu espero avidamente ter sido esquecido naquele chão imundo, onde enlouquecida, com certeza, não deve ter olhado para todos os lados.

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