quarta-feira, 15 de abril de 2009

A ARTE DE ATUAR


O verdadeiro ator é aquele que se apresenta para qualquer público. Como o palhaço mambembe da ATALAIA NOVA/CENTRO. O ator não se amostra, o ator não ostenta vaidades e belezas. O ator é feio e só tem graça quando incorpora outro personagem. A arte de interpretar não pode ser vista como um mero deslumbre, como uma roupa nova e repleta de decotes. O ator não é uma menina mimada. Muito menos um trago de cigarro. O ator é versátil e flexível. Ele traz na bagagem a experiência de vida e a imaturidade de quem sonha. A arte de atuar não tem a ambição de enriquecer, nem o deslumbre de se amostrar. O ator silencia diante de seu personagem. A sua divulgação é a sua cara, que é a dada à tapa de sol a sol, dispensando tratamentos de beleza. O ator ama o teatro e não o que ele pode te ofertar em bens ou em idolatria. O ator não usa o nome do teatro em vão. O ator aprende com uma personagem e volta a ser analfabeto para interpretar outra. O ator não tem preconceitos. O ator abraça outro ator e se vangloria com o talento do outro. O grande ator interpreta qualquer personagem. O grande ator expressa sua opinião, mas não a julga verdade absoluta. O ator ama qualquer forma digna de interpretar. O grande ator considera qualquer ser humano um ator. O ator tem como seu maior concorrente e como seu maior amigo o povo, de onde extrai sua arte. O ator só engrandece. O ator concilia. O ator se ama em cima do palco e na platéia. O ator ama seu personagem e o seu roteiro. O ator coleciona interpretações.

2 comentários:

Fláviabin disse...

saudades de atuar...

saudades de você...
ainda te ensino a cuspir fogo!

bjoOO

Manuh das Oliveiras disse...

seremos grandes...
você ator e eu...
talvez...
amote