terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Não acredito - ela bradou sentindo falta de ar: tossiu. - Isso, essa porta sempre aberta, vinho sempre posto sobre a mesa, essa conversa agradável e esses incentivos, amor. Não consigo amar com incentivo. - Escorregou pelo dedo o cigarro. Gostava de roçar o filtro em na carne dos dedos. Sentia-se humana.
Ele não olhou, virou pela garganta mais uma dose e lambeu as pontas dos dedos. Era sempre o sinal de desagravo, durante as brigas. Simbolizava a indiferença, representava a imagem de desaprovação aquelas palavras ditas por ela.

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