quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

É só cansaço mesmo. Continuo te amando depravadamente como antes, mas a dor física me fez ver, que preciso olhar um pouco mais para mim. Perder a voz por você é um exagero que não mais me exporei, ela é meu instrumento de trabalho. E você não merece tanto, ou talvez mereça. Se eu perdesse a voz e ganhasse teu amor de volta talvez compensasse. Mas sem ambos não dá. Se eu conseguir algum conhecimento stanislavkiano é apenas por osmose. A hora agora é de luta!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu tenho certeza que o amor é tão maior que isto que, por mais que tente, não adianta. Linhas, palavras, comparações, feitos heróicos, apoteoses bastardas. Por maior que seja o feito, menor será o amor. Amar, aos meus olhos de quem pouco ama e ama tanto, não é entrega, não é troca. Amar é simples. Tão simples que deixamos de amar por não perceber o que se apresenta a nós. Tão simples que criamos traições e culpas. Tão simples que gostamos de achar que, enfim, conseguimos. Ainda não encontrei ninguém que amasse verdadeiramente outra pessoa. E é triste tal destino. O único amor que encontrei é o amor-objeto. Amar o consumo, os brindes da vida. E, me desculpe, eu não acredito numa felicidade efêmera que troca a voz por amar se a beleza de estar apaixonado- e aqui eu não falo de amor e, sim, de paixão que é mto menor do que o ato de amar- é declamar o amor. Somos virtuosos estilísticos. Contínuos. Ou melhor ainda: Somos filhos da putas, como Nelson Rodrigues disse certa vez sobre si. Só agora percebo. Ele não disse isto: Sou um triste, foi isto que ele proferiu. Somos os dois.

Manuh das Oliveiras disse...

não ha amor que faça valer
somente o amor que alimentamos por nós mesmos...o auto-amor
mas bem sei eu que falar é muito mais imples..e que perder noites e perder a voz é muito mais real
ja perdi o controle tantas vezes..e quem não o perdeu?!
mas o tempo cura...
e você faz o tempo
você é a cura!

amo